A formação histórica do português brasileiro deu-se em complexo contexto de
contato entre línguas. Dentre as diversas situações de contato havidas, a do
português com línguas africanas assume maior relevância por ter sido generalizada
no tempo e no espaço. Africanos e afro-descendentes, no período que se estende do
século XVII ao século XIX, correspondem juntos a cerca de 60% da população
brasileira (cf. MUSSA, 1991). Contudo, a escrita da história lingüística deste que é o mais expressivo segmento formador da população brasileira era tarefa que se
colocava no plano de uma reconstrução quase que exclusivamente a partir de
'indícios', uma tarefa não para historiadores, mas para arqueólogos da língua
portuguesa (cf. MATTOS E SILVA, 2002) (trecho retirado da Introdução do livro).
contato entre línguas. Dentre as diversas situações de contato havidas, a do
português com línguas africanas assume maior relevância por ter sido generalizada
no tempo e no espaço. Africanos e afro-descendentes, no período que se estende do
século XVII ao século XIX, correspondem juntos a cerca de 60% da população
brasileira (cf. MUSSA, 1991). Contudo, a escrita da história lingüística deste que é o mais expressivo segmento formador da população brasileira era tarefa que se
colocava no plano de uma reconstrução quase que exclusivamente a partir de
'indícios', uma tarefa não para historiadores, mas para arqueólogos da língua
portuguesa (cf. MATTOS E SILVA, 2002) (trecho retirado da Introdução do livro).