Este livro contém as respostas às dezoito questões e resolve os 58 problemas propostos do Capítulo 3, volume I da obra “Princípios de Física”, dos autores americanos Raymond A. Serway e John W. Jewett, Jr. O autor pretende ajudar os calouros dos cursos de engenharia e de ciências exatas a atravessar o primeiro semestre dos cursos de Física Básica, normalmente algo tempestuoso e muitas vezes infernal, com reprovações maciças e outras amenidades. A universidade brasileira, e com certeza a americana, abriga professores que não conseguem ultrapassar a adolescência e sentem um prazer sádico em humilhar e destruir a auto-estima de seus alunos assistindo ao seu fracasso.
Com uma frequência assustadora surge na mídia a notícia de massacres nas universidades americanas, com alunos empunhando armas de guerra e trucidando dezenas de colegas e professores. Recentemente surgiu um estudo explicando que um percentual assustador de jovens universitários americanos apresenta sérios distúrbios e transtornos mentais, que passam despercebidos até explodirem nas tragédias. No tempo que freqüentei as faculdades brasileiras, na década dos oitenta, havia um percentual assustador de professores pervertidos, degenerados e sádicos que tinham orgulho de promover reprovações catastróficas de seus alunos. Com a introdução do sistema de créditos na universidade brasileira, o fenômeno absurdo de jovens repetirem até oito ou dez vezes uma das cadeiras do ciclo básico, passou a ser observado. Nas faculdades particulares essa passou a ser a principal receita. O aluno não tinha a menor perspectiva de quando e se algum dia chegaria ao final do curso.
Algumas faculdades mais “honestas” regulamentaram o direito e o número de repetências. Na Puc, hoje em dia, esse número é seis vezes. O infeliz pode repetir Física I até seis vezes seguidas. Isso implicaria em que poderia permanecer pagando mensalidades caríssimas por vinte ou trinta anos. Mas não pode. O aluno tem que se graduar em engenharia no máximo em 10 anos, o dobro do tempo previsto para a graduação.
Os processos pedagógicos da universidade brasileira são mais ou menos os mesmos do amestrador de cães. Para selecionar os cães mais ferozes e agressivos, o treinador reúne em um pátio, algumas dezenas de cães esfaimados e lança um pedaço grande e apetitoso de carne no meio da cachorrada e assiste embevecido a luta dos mais aptos, observa a seleção natural, o processo de surgimento das lideranças caninas. Nossa universidade segue o mesmo processo quando promove a grande festa do vestibular. Não existem vagas para todos. Tem que haver um processo democrático e justo de disputa. Apenas os mais aptos e mais bem preparados penetrarão na Casa da Ciência e terão acesso ao conhecimento. Os derrotados amargarão o pó da derrota, serão os vencidos, estarão destinados à marginalização, serão os habitantes das periferias e favelas, serão os subempregados, engrossarão o exército dos sem-teto.
O autor ao apresentar esse livro aos estudantes brasileiros pretende lutar contra essa realidade canina e feroz. Para começar, devia ser proibido que um livro didático apresentasse problemas para serem resolvidos. Todos os problemas teriam que ser obrigatoriamente resolvidos e detalhadamente.
Desejo a todos os meus escassos leitores, uma boa leitura.
Com uma frequência assustadora surge na mídia a notícia de massacres nas universidades americanas, com alunos empunhando armas de guerra e trucidando dezenas de colegas e professores. Recentemente surgiu um estudo explicando que um percentual assustador de jovens universitários americanos apresenta sérios distúrbios e transtornos mentais, que passam despercebidos até explodirem nas tragédias. No tempo que freqüentei as faculdades brasileiras, na década dos oitenta, havia um percentual assustador de professores pervertidos, degenerados e sádicos que tinham orgulho de promover reprovações catastróficas de seus alunos. Com a introdução do sistema de créditos na universidade brasileira, o fenômeno absurdo de jovens repetirem até oito ou dez vezes uma das cadeiras do ciclo básico, passou a ser observado. Nas faculdades particulares essa passou a ser a principal receita. O aluno não tinha a menor perspectiva de quando e se algum dia chegaria ao final do curso.
Algumas faculdades mais “honestas” regulamentaram o direito e o número de repetências. Na Puc, hoje em dia, esse número é seis vezes. O infeliz pode repetir Física I até seis vezes seguidas. Isso implicaria em que poderia permanecer pagando mensalidades caríssimas por vinte ou trinta anos. Mas não pode. O aluno tem que se graduar em engenharia no máximo em 10 anos, o dobro do tempo previsto para a graduação.
Os processos pedagógicos da universidade brasileira são mais ou menos os mesmos do amestrador de cães. Para selecionar os cães mais ferozes e agressivos, o treinador reúne em um pátio, algumas dezenas de cães esfaimados e lança um pedaço grande e apetitoso de carne no meio da cachorrada e assiste embevecido a luta dos mais aptos, observa a seleção natural, o processo de surgimento das lideranças caninas. Nossa universidade segue o mesmo processo quando promove a grande festa do vestibular. Não existem vagas para todos. Tem que haver um processo democrático e justo de disputa. Apenas os mais aptos e mais bem preparados penetrarão na Casa da Ciência e terão acesso ao conhecimento. Os derrotados amargarão o pó da derrota, serão os vencidos, estarão destinados à marginalização, serão os habitantes das periferias e favelas, serão os subempregados, engrossarão o exército dos sem-teto.
O autor ao apresentar esse livro aos estudantes brasileiros pretende lutar contra essa realidade canina e feroz. Para começar, devia ser proibido que um livro didático apresentasse problemas para serem resolvidos. Todos os problemas teriam que ser obrigatoriamente resolvidos e detalhadamente.
Desejo a todos os meus escassos leitores, uma boa leitura.